Há 40 anos, eu era apenas uma criança, achava que hoje estaria de férias na Lua. Na verdade não achava, tinha certeza. Semelhante a de que amanhã estarei no escritório as 7 hs. Meu tio avô dizia que eram todas mentiras, inventos de Hollywood, ninguém tinha saido da Terra. Meu tio avô nasceu por volta de 1895, antes dos aviões, do telefone, da televisão... Não era de estranhar sua incredulidade. Mas, me preocupa a atual onda de ceticismo sobre a realidade de uma das maiores fazanhas da humanidade.
Uns anos atrás escrevi um artigo sobre o Falácia Lunar (em espanhol) que não vou repetir agora aqui. Prefiro continuar refletindo sobre o motivo pelo qual tanta gente é induzida a não acreditar. No início minha reação era de indignação, sentia que uns poucos conseguiram convencer outros muitos com fins puramente comerciais. Hoje tenho uma visão menos conspirativa, se existe tanta gente que não acredita, deve existir um motivo mais poderoso. Ao final de contas não creio que a imprensa tenha tanta capacidade de convencimento.
Eu acho que o motivo principal para não acreditar nas viagens para a Lua é que nunca mais retornamos. O programa Apollo começou em 1961 quando o presidente dos EUA, John F. Kennedy anunciou que antes do fim da década a NASA iria colocar um homem na Lua. No entanto, sua fase mais conhecida começa em dezembro de 1968, quando a missão Apollo 8 orbita a Lua. A glória viria com Apollo 11, em 20 de julho de 1969: dois astronautas pousam os pés sobre o empoeirado solo lunar. O interesse continua e até aumenta com a Apollo 13, que quase acabou em tragédia (interessante, esta é a única missão que mereceu um filme!). Depois virão várias missões mais, algumas com o simpático carrinho. Mas finalmente os espectadores começaram a se entediar, tornaram seu interesse para questões mais urgentes, como a Guerra do Vietnã ou o escándalo do Watergate. A economia norte-americana passava por uma crise, então em 1975 o programa foi encerrado. No entanto, o último vôo tripulado para a Lua partiu de Cabo Cañaveral em 7 de dezembro de 1972.
Ou seja que a fase gloriosa durou apenas quatro anos. Confesso que para mim foram infinitos dias, mas claro, era só uma criança. E hoje, a 40 anos daquelas epopeias, parece um lapso muito breve, um instante apenas. Esquecimos a quantidade de vezes que vimos as cenas dos poderosos motores do Saturno V lançando labaredas vermelhas (O verão do Foguete como poeticamente o chamou Ray Bradbury), os técnicos frente a seus consoles de controle em Houston, as pessoas em Cabo Cañaveral batendo palmas, braços ao alto.
Apesar de que a exploração espacial continuou, ela ficou estagnada. Como eu disse no início, eu esperava estar de férias na Lua hoje. Pelo contrário, lutamos há anos para construir uma estação espacial, bastante menos ambiciosa do que as que vimos nos filmes de 40 anos atrás. E se lembramos das duas tragédias do transbordador espacial, o balanço parece mostrar que a tecnologia ainda não se desenvolveu o suficiente. Ir ao espaço continua a ser un jogo arriscado e caríssimo que poucas nações conseguiram. Marte está muuuuuito longe... E as estrelas aínda num infinito inatingível.
Por sorte temos muito tempo pela frente. Sou um trekkie que acredita que o nosso destino está nas estrelas. É apenas questão de tempo e perseverânça.
Apesar de que a exploração espacial continuou, ela ficou estagnada. Como eu disse no início, eu esperava estar de férias na Lua hoje. Pelo contrário, lutamos há anos para construir uma estação espacial, bastante menos ambiciosa do que as que vimos nos filmes de 40 anos atrás. E se lembramos das duas tragédias do transbordador espacial, o balanço parece mostrar que a tecnologia ainda não se desenvolveu o suficiente. Ir ao espaço continua a ser un jogo arriscado e caríssimo que poucas nações conseguiram. Marte está muuuuuito longe... E as estrelas aínda num infinito inatingível.
Por sorte temos muito tempo pela frente. Sou um trekkie que acredita que o nosso destino está nas estrelas. É apenas questão de tempo e perseverânça.
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